Desde a entrada em vigor da Lei nº 14.790/2023, que regulamenta as apostas esportivas de quota fixa no Brasil, o governo federal tem observado um significativo aumento na arrecadação de receitas provenientes desse setor. Somente nos primeiros três meses de 2025, o Ministério da Fazenda coletou R$ 21,4 milhões por meio da taxa de fiscalização imposta às empresas de apostas online .
Essa taxa, que pode variar entre R$ 54.419,56 e R$ 1.944.000 mensais, conforme o porte da empresa, é destinada a cobrir os custos de supervisão e manutenção das atividades regulatórias do setor . O pagamento deve ser efetuado até o dia 10 do mês subsequente ao da distribuição de prêmios, garantindo que as operadoras estejam em conformidade com as exigências legais.
Além da taxa de fiscalização, cada operadora interessada em atuar legalmente no país precisou desembolsar R$ 30 milhões como pagamento de outorga no ato da regulamentação. Com 113 empresas cadastradas até o momento, a arrecadação total com as outorgas ultrapassa R$ 3 bilhões .
A regulamentação também estabelece uma tributação de 12% sobre a receita bruta dos jogos, conhecida como Gross Gaming Revenue (GGR). Esse valor corresponde à diferença entre o total arrecadado em apostas e os prêmios pagos aos vencedores . A arrecadação proveniente dessa tributação será distribuída entre diversas áreas, com destaque para o esporte, que receberá 36% dos recursos.
A expectativa é que o mercado regulado de apostas online gere aproximadamente R$ 20 bilhões em impostos e taxas ao longo de 2025 . Esse montante inclui as outorgas federais, a taxa sobre o GGR e os impostos tradicionais do setor de serviços, elevando a carga tributária total a cerca de 36%.
A regulamentação das apostas no Brasil não apenas fortalece a arrecadação federal, mas também promove maior transparência e segurança jurídica para empresas e apostadores. Com regras rigorosas em vigor desde janeiro de 2025, apenas empresas autorizadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) podem operar legalmente no país.
A medida também visa combater práticas ilícitas, como lavagem de dinheiro e manipulação de resultados, protegendo o interesse público e fortalecendo a confiança na nova política regulatória. Especialistas destacam que, embora os números iniciais sejam promissores, será crucial monitorar como essas taxas e tributos impactarão os operadores a longo prazo.