A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou nesta segunda-feira (12/05) a contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira Masculina de Futebol. A confirmação encerra uma longa novela que durou quase dois anos e marca o início de um novo ciclo rumo à Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México.
Em comunicado, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou a grandiosidade do momento, classificando Ancelotti como “o maior técnico da história” e celebrando o acordo como uma declaração clara de ambição da entidade.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio”, afirmou Ednaldo.
Ainda contratado pelo Real Madrid, Ancelotti deve assumir oficialmente a seleção após o fim do Campeonato Espanhol, no dia 26 de maio, embora exista a possibilidade de liberação antecipada caso o título espanhol seja decidido antes. O Real ainda tem compromissos contra Mallorca (14/05), Sevilla (18/05) e Real Sociedad (24/05).
O técnico deve estrear no comando da seleção nos jogos contra Equador (05/06) e Paraguai (10/06), válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O anúncio encerra um ciclo de instabilidade na Seleção. Após o fim da era Tite, o comando interino ficou com Fernando Diniz, seguido por Dorival Júnior, que assumiu com grande expectativa após bons trabalhos no Flamengo e São Paulo. No entanto, resultados decepcionantes na Copa América de 2024 e nas eliminatórias sul-americanas selaram sua saída em março deste ano.
As conversas com Ancelotti, que haviam começado em julho de 2023, foram retomadas com força após a saída de Dorival, mesmo após a CBF anunciar publicamente o fim das negociações em abril devido à dificuldade de liberação junto ao Real Madrid. Apesar da resistência inicial, o acordo foi fechado nos bastidores.
Com a confirmação, Ancelotti se torna o terceiro técnico estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira. O primeiro foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925, e o segundo foi o argentino Filpo Nuñez, em 1965, em um amistoso contra o Uruguai. O português Joreca também teve participação pontual ao lado de Flávio Costa, mas sem ser o treinador principal.