Nesta sexta-feira, 28 de março de 2025, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente a demissão de Dorival Júnior do comando da Seleção Brasileira. A decisão, comunicada por meio de uma nota no fim da tarde, encerra a passagem do treinador após uma sequência de resultados decepcionantes.
“Agradecemos ao profissional pelo trabalho e desejamos sucesso em sua trajetória futura”, declarou a entidade, que ainda não revelou quem será o substituto no cargo.
A gota d’água para a saída de Dorival veio na última terça-feira, 25 de março, quando o Brasil foi humilhado pela Argentina em uma goleada de 4 a 1 no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, válida pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. A atuação apática da Seleção, marcada por falhas defensivas e pouca criatividade, aumentou a pressão sobre o técnico. Com o resultado, o Brasil segue na 4ª posição da tabela, com 21 pontos, ainda sem vaga garantida para a Copa do Mundo de 2026.
Enquanto o Brasil amarga a derrota, a Argentina, já classificada para o Mundial após o empate sem gols entre Bolívia e Equador, consolida sua liderança nas Eliminatórias com 31 pontos. A superioridade argentina no clássico reacendeu críticas à gestão de Dorival, que assumiu a Seleção em janeiro de 2024 com a missão de reerguer o time após um 2023 irregular. Sob seu comando, o desempenho oscilante e a falta de identidade tática foram alvos constantes de questionamentos.
Dorival Júnior chegou à Seleção com um currículo vitorioso em clubes, incluindo títulos como a Copa do Brasil com o Flamengo em 2022. No entanto, na Seleção, não conseguiu repetir o sucesso. Em 14 jogos pelas Eliminatórias, foram 6 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, números insuficientes para um país pentacampeão mundial. A goleada para a Argentina foi o ponto mais baixo, expondo fragilidades que já vinham sendo debatidas por torcedores e especialistas.
A CBF agora corre contra o tempo para definir um novo treinador, com as próximas rodadas das Eliminatórias se aproximando. Nomes como Fernando Diniz, que já foi interino em 2023, e técnicos estrangeiros como Carlo Ancelotti, especulado no passado, voltam ao radar. A escolha será crucial para evitar um vexame histórico: o Brasil não fica fora de uma Copa do Mundo desde 1930, ano em que o torneio começou. A pressão sobre a entidade e o próximo comandante será enorme para recolocar a Seleção nos trilhos.
A demissão de Dorival Júnior reflete a urgência de mudanças na Seleção Brasileira, que vive um período de instabilidade desde a eliminação nas quartas de final da Copa de 2022. Com a Argentina dominando o continente e o Mundial de 2026 no horizonte, o Brasil precisa encontrar um rumo.