Nesta segunda-feira, 24 de março de 2025, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou a reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente, em um processo marcado pela unanimidade. Com o apoio total das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B, somando 141 votos, Ednaldo seguirá no comando da entidade até 2030. Sua chapa, a única inscrita na eleição, assegura a continuidade de um mandato que começou interinamente em 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, e agora se estende oficialmente a partir de março de 2026.
Sem Oposição na Disputa
A eleição não teve concorrentes diretos. Ronaldo Nazário, ex-jogador e empresário, chegou a considerar uma candidatura, mas desistiu após não conseguir dialogar com pelo menos 23 das 27 federações. A falta de chapas adversárias é algo raro na história da CBF – a última disputa com mais de uma opção ocorreu em 1989. Para Ednaldo, a unanimidade reflete a confiança em sua gestão, que, segundo ele, recuperou o prestígio internacional da entidade, aumentou o faturamento e alcançou superávit financeiro.
Legado e Inovações
Desde que assumiu, Ednaldo Rodrigues priorizou ações como o combate ao racismo, sendo a CBF pioneira em medidas contra a discriminação no futebol. Sua gestão também negociou contratos recordes, como a recente renovação com a Nike até 2038, que pode render até R$ 1 bilhão por ano. Esses feitos fortalecem a entidade em um momento crucial, com o Brasil buscando vaga na Copa de 2026 e sediando eventos esportivos de grande porte nos próximos anos.
Desafios e Expectativas até 2030
O novo mandato de Ednaldo terá pela frente desafios como a modernização do futebol brasileiro, o apoio às categorias de base e a ampliação da presença feminina no esporte. Sua reeleição coincide com um período de otimismo, impulsionado por resultados financeiros positivos e parcerias estratégicas. A CBF, sob seu comando, promete manter o foco na transparência e na valorização das federações e clubes que sustentam o esporte no país.
Pronunciamento oficial de Ednaldo Rodrigues na íntegra:
“Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à FIFA, a CONMEBOL e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos.
A CBF voltou a ter representatividade internacional. O português foi reconhecido como língua oficial da FIFA e CONMEBOL. Criamos a União das Federações de Futebol da Língua Portuguesa. Estabelecemos um Escritório de Projetos da CBF na FIFA, resultando no maior investimento que o Brasil recebeu da FIFA em toda sua história e posicionando a CBF como referência para o mundo inteiro em diversas áreas.
Fomos pioneiros na liderança global do combate ao racismo, implementando medidas como a parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a reforma do RGC com sanções esportivas e a campanha #ComRacismoNãoTemJogo, vencedora do prêmio FIFA The Best. Também nos tornamos referência global em inclusão, apoiando iniciativas como a Seleção de Futsal Down, Futsal Nanismo e as Olimpíadas Especiais.
Batemos recordes sucessivos de faturamento e superávit, reinvestindo mais de 70% no desenvolvimento e fomento do futebol brasileiro. O maior investimento da história! Intensificamos os esforços para implementar o Fundo de Legado da Copa do Mundo, construindo Centros de Desenvolvimento do Futebol em estados que não sediaram jogos e melhorando a infraestrutura dos estádios em todo o país. Aprimoramos os torneios existentes e criamos novos, como o Campeonato Sub-15 masculino com 32 clubes, campeonato brasileiro masculino sub-20 da série B com 20 clubes, Copa do Nordeste masculino sub-20 com 24 clubes e Copa do Brasil feminina com 64 clubes. Garantindo oportunidades para jovens talentos de todas as regiões do Brasil.
Vamos continuar construindo um futebol que orgulha o país, gera empregos, promove o desenvolvimento e, acima de tudo, faz a alegria de milhões de torcedores.“